22 de fevereiro de 2018

Mangás que Andei lendo: Kobato

     Kobato se tornou querido pra mim, por uma série de acontecimentos, e claro, pelo período em que chegou na minha vida. Kobato foi o primeiro anime que baixei e acompanhei quase que simultaneamente pela internet. Eu estava passando a observar melhor, tudo que ocorria a minha volta. Minha relação com a vida, com as pessoas e com o ambiente. Havia mudanças, e Kobato veio bater forte nestes sentimentos. 
      O mangá foi lançado por aqui pela JBC. Comprei todos os volumes, mas como é de hábito meu, só começo a leitura depois da coleção completa. Faço isso por medo de perder um volume ou algo do tipo, e ficar com  minha coleção inacabada. Sendo assim, acabo por acumular muitos títulos e vou lendo-os na medida do possível. 
     Kobato, aparece como que caindo do céu, com um guarda-chuvas, um urso de pelúcia azul e uma maleta de roupas. Ficamos intrigados para saber a origem e históriada moça. O mistério se enrola até pelos volumes finais e surpreende e cativa, mas não é uma grande novidade, já que somos introduzidos a este universo pelos coadjuvantes, que são tão carismáticos e intrigantes quanto a protagonista. 

         O objetivo de Kobato é simples: Encher uma garrafinha com os corações feridos das pessoas. Ajudando-as, ela ganha um konpeitou {uma espécie de doce/bala} para sua garrafinha, assim, ao longo da sua jornada, que não deve ultrapassar 4 estações, ela poderá realizar um desejo.

     Kobato tem como companheiro, um ursinho de pelúcia chamado Ioryogi, que a ajuda em todas as suas tarefas nesta nova fase. Na verdade, Kobato é bem sem noção e sem Ioryogi, ela teria entrado em complexas situações.  
     Spoiler: Aos poucos, vamos descobrindo a verdade por trás de Kobato. A garota ingênua que  estava fadada a morrer, por ter uma saúde muito frágil.  Devido ao envolvimento de Iorogi {é o nome correto dele} com um anjo, ela de fato morre, mas retorna graças ao mesmo anjo, o qual, era alvo do amor de Iorogi. Por sua vez, Deus permitiu que Iorogi permanecesse ao lado do receptáculo da alma do anjo, mas permaneceria na forma de um urso de pelúcia, já que o amor entre criaturas de universos distintos, é algo proibido.

      O mangá de Kobato é rápido, não sei como eles conseguiram tantas ideias para criar um anime todo de 24 episódios com apenas 6 volumes de mangás. Há alguns crossover, como já é de tradição no CLAMP, como Kohaku de Wish e Masaki de Angelic Layer, mas são participações bem menores que as do anime. É lindo o momento em que Kohaku explica sua relação com Shuichirou, que mesmo reencarnado e tendo suas memórias apagadas, continua aceitando seu amor de forma legítima. Chitose de Chobits também aparece com suas filhas Chise e Chiho que lembram muito as filhas de Chitose originalmente em Chobits. Só que em Kobato, elas são meninas normais e não persocons. 
          Kobato é um mangá excelente, mas não ficou muito bem fechado e o roteiro passa longe de ser coeso. O final poderia ter sido melhor desenvolvido, mas não deixa tantas pontas soltas quanto no anime. Algumas soluções são Deus ex Machina demais{solucionadas magicamente}, o que causa um certo incômodo, mas sim, é divertido e leve, e evoca muitos bons sentimentos. Se eu pudesse recomendar, entre um ou outro, recomendaria o anime. Temos muito mais conteúdo e tudo tem um melhor desenvolvimento, em especial os personagens coadjuvantes, mas aquele final, poderia sim ser melhor.
     No mais, é impossível eu falar mal de material do Clamp. Impossível não amar Kobato, se esforçando para ser melhor, seja na creche onde faz trabalho voluntário, seja na vida das pessoas, onde ela tenta ajudar a todos, mesmo fracassando muitas vezes. Kobato é um anime emocionante e um mangá rápido e divertido. Recomendadíssimo!♥

2 comentários:

  1. [SPOILER]
    Assisti o anime, mas fiquei com algumas dúvidas. Por exemplo, lá eles mencionam uma guerra envolvendo o Iorugui que aconteceu e devido a isso a Kobato acabou morrendo. O que de fato aconteceu? E outra coisa que não ficou bem clara pra mim são os sonhos que a Kobato tem: neles ela aparece criança e tem um cara que se parece muito com o Kiyokazu Fujimoto. A relação entre eles na vida anterior era de pai e filha? Ficou meio estranho isso.

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    1. Acho Kobato extremamente complexo. Não dá pra interligar anime e mangá. Ambos precisam ser vistos/lidos como duas obras distintas, como realmente são.

      Houve um conflito de fato, entre o mundo celestial e dos demônios. Iorogi é do mundo fantástico e sua intromissão causou a morte de Kobato. {No mangá foi assim} Não lembro como isso foi dito no anime, que pra mim, enche muita linguiça, afinal, transformaram um mangá de 6 volumes em uma série de 24 episódios. {pra que isso?}

      O Fujimoto tem uma distância grande de idade em relação a kobato. No final, ele já é um adulto formado, e ela{reencarnada}, só uma jovem colegial. A relação deles no passado foi mal explorada e causa dúvidas sim, mas certamente não foi algo incestuoso {e mesmo no passado a diferença de idade já existia}. Talvez um amigo querido da família ou um parente próximo. Como disse, foi mal explorado.

      Obrigado por seu comentário. A vontade e reler e rever tudo, mas mesmo amando Kobato, a verdade é que há muitas falhas, que tornam ambas as obras cansativas a uma revisitação. Provavelmente, o anime é ainda mais exaustivo, por dar muitas voltas. O que de fato não é tão ruim, já que temos a participação maior de Kohaku, que eu amo♥.

      Abraços e obrigado pela visita!

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