Chegamos ao grandioso desfecho de Elite, a série que, ao longo de suas oito temporadas, mergulhou nas desventuras de jovens privilegiados envolvidos em questões polêmicas que vão de estupro a homossexualidade, passando por drogadição e incesto. Se há algo que Elite não deixa a desejar, é a controvérsia.
As duas primeiras temporadas foram um verdadeiro fenômeno, recebendo aclamação da crítica e conquistando o público. Contudo, à medida que as temporadas avançaram, a trama começou a se arrastar, repetindo fórmulas e trocando a adrenalina por um ciclo previsível de assassinatos e mistérios que, embora intrigantes, perderam um pouco do frescor inicial.
A série, criada por Carlos Montero e Darío Madrona, é uma provocação à moralidade e às normas sociais, revelando um mundo onde a riqueza parece permitir a transgressão das regras. É impossível não se sentir atraído pelo elenco jovem e carismático, que traz à vida personagens complexos e cativantes. Entretanto, as constantes mudanças no elenco principal e a repetição de enredos podem ter deixado alguns fãs insatisfeitos.
Entre os rostos que marcaram a série, destacam-se nomes como María Pedraza, Itzan Escamilla, Miguel Bernardeau, Ester Expósito, Álvaro Rico, e Arón Piper. O brasileiro André Lamoglia também fez sua marca como Iván, um jovem bissexual que explora sua identidade em meio ao drama escolar.
É inegável que sentirei falta dos debates morais e sociais que a série proporcionou, assim como da entrega apaixonada da maioria dos atores. Que novas produções surjam para continuar essa discussão necessária, pois debates intensos são fundamentais para moldar nossas visões e opiniões.
Chegou a hora de dizer adeus a uma série que marcou época. Após uma trajetória repleta de altos e baixos, esta temporada de despedida conseguiu catapultar o conteúdo espanhol da Netflix para o centro das atenções globais. Agora, resta-nos aguardar ansiosamente pelas próximas apostas dos espanhóis, que certamente virão recheadas de novidades empolgantes. Já estou com saudades de Las Encinas!