Aproveitando minha folga de Domingo (que acontece a cada 15 dias ^^), consegui ver mais um delicioso filme dos Estúdios Ghibli. Karigurashi no Arriettey (借りぐらしのアリエッティ) é um filme de premissa simples, mas que te fascina até os momentos finais do longa, como já é de se esperar de Miyazaki, o roteirista do filme.
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Este livrinho (pequeno propositalmente) foi distribuído na estréia do filme em quantidade limitada. Uma relíquia e muita delicadeza do Miyazaki. |
Infelizmente desta vez não é Miyazaki quem dirige, no entanto o filme foi todo supervisionado por ele. A direção ficou a cargo de Hiromasa Yonebayashi um dos mais novos diretores de um filme Ghibli, fazendo aqui sua excelente estréia. Ele conseguiu com louvor passar todo o clima acolhedor e simples que é a marca de Miyazaki. Em nenhum momento o filme se perde e nos conduz com satisfação a cada momento de fantasia do filme. Quando nos damos conta, o filme está acabando e nem percebemos que o mesmo teve 94 minutos de pura fantasia.
O filme conta de forma simples a história de Arriette, uma jovem Mutuário (raça de pequenas pessoas que medem cerca de 10 cm) que vive no assoalho de uma antiga casa. Aos poucos somos apresentados a Sho, um garoto humano que possui um grave problema cardíaco, e por não poder passar por situações de excitação, vai morar com a Tia Sadako em sua casa à beira da floresta, em meio a natureza.
Ao chegar na casa o garoto já avista Arriatte em meio ao jardim, mas só mais tarde vai de fato ter um encontro com a pequenina Mutuário. Aos poucos eles consolidam a sua amizade. Por imprudência de Sho, a servente da casa acaba por perceber que há algo de errado no assoalho da casa e descobre os pequenos Mutuários. Ela entra em contato com a detetização para capturá-los, o que os obriga a fugir do lugar que chamam de lar...
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Cenários impecáveis - Perfeição Ghibli! |
O filme é muito bem conduzido em seus 94 min. Não é um filme de arrancar lágrimas mas de fato é um belo filme aos moldes de Miyazaki, que apesar de não dirigir, criou um roteiro tão extraordinário que já vale uma olhadinha. O filme é simples mas extremamente cativante. Personagens bem construídos e de fácil identificação, e tudo isso com o belo traço e narrativa Ghibli. Uma coisa que admiro muito e já se trono um clichês do Miyazaki e mostrar a história através dos olhos de uma garotinha, acho isso formidável, sem falar na valorização da natureza e da família, também sempre apresentado nos seus filmes. Realmente imperdível. De certa forma este filme ficou com um final aberto, já que não sabemos para onde a família de Mutuários foi ou se o garotinho sobrevive a operação cardíaca...
O filme foi lançado em
17 de Junho de 2010, no entanto ainda não foi lançado no Brasil. O longa recebeu aclamação da crítica, que como de costumo, não poupou elogios a
animação e as músicas. O filme tem previsão de lançamento para
17 de Fevereiro de 2012 nos EUA pela Disney, só depois disso então poderemos ter esperanças de que seja lançado por aqui.
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Traço do Miyazaki - Incomfundível! |
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Cécile Corbel - A voz do tema de Arrietty - Uma verdadeira musa! |
Como o filme ainda não foi lançado no Brasil, a única forma de vê-lo é por Download. Se você se interessou pode baixar o filme
clicando aqui. A Trilha sonora é primorosa e o tema de
Arrietty e cantada por
Cécile Corbel, francesa de grande beleza vocal que merece ser ouvida. Para baixar a trilha do longa
clique aqui. O legal é que Cécile Corbel enviou uma carta para Miyazaki falando de seu amor por suas obras e com uma canção sua, de imediato ela foi escolhida para fazer o tema de Arrietty, que é uma canção belíssima. Bom, por hora é isso... Sayonará!
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Este filme é uma releitura do premiado livro The Borrowers, de Mary Norton, que foi publicado em 1952 e apresentava um grupo de minúsculas pessoas que vivem “pegando emprestado” coisas dos humanos maiores. |