Lançado pela Nakayoshi de 1993 (o anime veio logo em '94) a 1996, Guerreiras Mágicas de Rayearth é mais um dos grandes sucessos do grupo Clamp. O mangá foi publicado duas vezes aqui no Brasil e ambas pela JBC. Neste relançamento, o qual pude fazer minha colação, foi lançado o mais próximo do original japonês, em seis volumes, páginas coloridas e melhor acabamento. Uma curiosidade, é que o anime chegou aqui 4 meses depois de estrear no Japão e o mangá, foi o primeiro trabalho do Clamp a ser publicado no Brasil.
Nos primeiros volumes, vemos o caminhar da histórias de três estudantes de escolas diferentes, que ao visita a Torre de Tóquio, são chamadas pela Princesa Esmeralda, para salvarem Zephir (Cefiro) da destruição. A medida que conhecem melhor este fabuloso mundo, de ilhas flutuantes, magos e poderes mágicos, elas são desafiadas por perigosos inimigos.
Os inimigos são nada menos que servos de Zagato, o grande vilão da história. Ele sequestrou a princesa, e seus objetivos - a primeira vista - são obscuros e desconhecidos. Somos levados a odiar o personagem, pois Esmeralda é o pilar de Zephir, e sem o pilar, este mundo está vulnerável e se aproxima da destruição.
Ao longo das batalhas, elas recebem armaduras que evoluem, juntamente com suas motivações e poderes. Elas se aperfeiçoam e almejam de coração, salvar este lindo mundo, povoado por monstros, mas também, pessoas pacíficas e justas, que estão a sofrer.
No terceiro volume, elas finalmente chegam a Zagato. Descobrimos então que na verdade, o vilão não era tão terrível assim e que na verdade, fez tudo motivado pelo amor. Zagato era sacerdote de Esmeralda, e ao perceber o quanto o sistema de pilar era nocivo, quis livra-la deste fardo, liberando-a para que pudesse amar e orar, por alguém mais que não fosse Zephir.
Zagato queria ter seu amor retribuído por Esmeralda, mas uma vez presa ao sistema de pilar, ela estaria fadada a amar e dedicar-se apenas a Zephir. As guerreiras conseguem realizar o desejo de Esmeralda e Zagato e voltam pra casa. Mas este, seria o fim?
O mangá é lindo e o roteiro assemelha-se a um RPG, nos envolvendo e nos levando a torcer pelas garotas. O anime, nesta primeira temporada, se distancia pouco do mangá, mas temos muita "encheção de linguiça" e até um personagem inédito, Inove, braço direito de Zagato, que ao meu ver, teve uma participação medíocre e desnecessária (ao contrário de Meiling-li, que rouba a cena em Sakura Card Captors).