13 de setembro de 2015

A Evolução {?} do traço Clamp

       Conheci o estilo do Clamp a anos atrás, quando tive a honra de ter em mãos um das edições da extinta Anime>Do, revista informativa voltada ao público otaku, ávido por novidades de seus animes favoritos, já que na época, a internet não era assim tão difundida. Realmente o papel dessas revistas foi inegável para a formação de toda uma geração otaku, coisa que fãs atuais nem imaginam, ou se importam. 
     Vendo aquelas ilustrações belíssimas e incrivelmente rebuscadas, minha paixão pelo grupo só foi crescendo, e logo me tronei grande fã dessas mulheres maravilhosas e tão versáteis, com trabalhos variados e interessantes em seu vasto conteúdo. 
      Algo que vem me chamando a atenção é a estilização do estilo delas, que a cada ano vem ficando mais simplificado, por motivos que realmente desconheço. Entendo que hoje, mais atarefadas e com vasto acervo de obras em hiato, elas tenham muito trabalho e simplificar pode ter sido a alternativa mais simples para produzir com mais intensidade, mas isso justificaria? 
     O mercado japonês é cruel, e se seu traço não evolui você fica sim pra trás. Mas qual seria o significado de evoluir afinal? Encontrar a forma mais rápida e fácil de expor seus traços? Buscar uma identidade visual única e marcante? Ou ter um trabalho gráfico cada vez mais estilizado e competente?
        Gosto e continuo admirando enormemente o trabalho do Clamp, e obviamente as alterações em sua identidade visual não irão me afastar deste, que pra mim, é um dos melhores estúdios shoujo do Japão. Amo o traço rebuscado que elas elevaram a um nível belíssimo na década de 90, mas os personagens longilíneos de Holic e Tsubasa, e os traços rápidos e pouco trabalhados de Lawful drugs, realmente me desconcertam. Mas suas histórias únicas e de conteúdo tão extenso realmente me seduzem. Que elas nunca percam esta essência. Ótimo Domingo pessoas. 

2 comentários:

  1. Não lembro qual foi meu primeiro contato com o grupo CLAMP, talvez tenha sido por Sakura CardCaptor e depois fui me informando nessas revistas e conhecendo mais trabalhos do grupo. Gosto da diversidade de traços, onde cada história ganha um traço diferente. Não vejo nenhum problema em traços simples, até gosto, mas para quem estava acostumado com os traços como de As guerreiras mágicas e X-1999 e pular para xxxHolic e Tsubasa vai estranhar muito, até estranhei ao ver o traço de Chobits.

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    1. Chobits pra mim foi chocante e fascinante ao mesmo tempo. Ver aquele traço meio rabiscado e com arte-final imprecisa, me incomodou por um tempo, mas se tratando de um Seinen, se encaixou feito uma luva. Acho legal também adaptar o traço a história, afinal, o traço serve ao roteiro e não ao contrário, mas sempre vou amar mais o traço rebuscado e hiper detalhado que usavam na década de 80/90.

      Obrigado pela visitinha flor. Kissus♥

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